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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Sobrevivência social

O permitido e o obrigatório estão na lista das primeiras coisas que precisamos aprender para conseguir sobreviver. Ideias e ideais até se divergem de acordo com a região, mas nada muito distante do que se tem como padrão. As regras da sociedade, em geral, são essenciais, mesmo que certas pessoas não tenham a menor pretensão de obedecer. Por esse motivo criam as próprias normas, uma comunidade dentro de um complexo de integração ainda maior.

Começo a achar que faço parte dessa minoria que prefere fazer as coisas de outro jeito. E são várias dessas obrigações e permissões que me incomodam um pouco. Não curto horário comercial, por exemplo, e levo em conta que pesquisas mostram que trabalhadores de escritório pedem pouco mais de 2h com distrações e interrupções. Se parar para pensar também, coisas que são rotina na vida de qualquer ser humano como ir ao médico, dentista e até ao banco fica complicado quando estes também funcionam de 9h às 18h (tá, os bancos de 10h às 16h, o que dá no mesmo).

E não tem como esquecer a academia, o curso, a pós, os trabalhos... Parece que de segunda a sexta somos programados para fazer tarefas sem ter a possibilidade de desviar o caminho, pois 1 segundo a mais escovando os dentes significam 10 minutos de atraso em um outro compromisso. Prende a respiração e vai!

Ter horário para tudo também é um problema. Sou do tipo 5 minutos. Ou chego 5 minutos antes ou atrasada. Mas isso tem relação direta com a rotina, por que quando é algo esporádico, tenho costume de chegar no horário combinado, bem certinho. Me auto-saboto para fingir que a vida não é tão regrada como parece, mas não funciona muito.

Acho que esse é um dos motivos pelos quais escolhi minhas profissões. O jornalista e o fotógrafo quase não tem horário e, muito menos dia. Sábados, domingos e feriados estamos na atividade e segundas são as nossas favoritas. Acordar 4h da manhã para sessão de fotos do outro lado da cidade e com chuva? Claro! Faço sem pestanejar e com um sorriso enorme no rosto.E depois chegar em casa e tratar aquelas milhares de fotografias durante a madrugada é um prazer.

Não que eu não tenha nascido pra ter regras. A rotina, infelizmente, é necessária para a sobrevivência social. Porém, não gosto de me enxergar como um robô programado para realizar atividades diárias sem poder  desviar nem o olhar para apreciar uma paisagem interessante, tomar um sorvete ou respirar fundo e esquecer de tudo por 3 segundo.

por Orlandeli

1 Comentário:

Fernanda disse...

Estou seguindo seu blog... passa no meu... de repente te agrada:

www.brisaetempestade.blogspot.com

Bjs,